domingo, 1 de agosto de 2010
Democracia Ocidental...
Evacuation de familles sans logement à la Courneuve
Enviado por Mediapart. - Noticias em video na hora
sexta-feira, 30 de julho de 2010
terça-feira, 27 de julho de 2010
Projecto Farol: a solução ou a causa?
O pensamento e a análise estrutural do país e do Mundo são um imperativo constante para quem quer repensar o Mundo que nos cerca e pelo qual disputamos hegemonia de ideias. Porém, esse processo só é eficaz e coerente quando acrescenta parágrafos aos pontos finais, ou seja, quando pensa formas novas de superar crises e de promover desenvolvimento social. Quando as análises feitas se centram em recriar e reinventar “formulas” para modelos obsoletos e que há muito provaram a sua ineficácia apenas estamos a encontrar formas novas de ir ter ao mesmo sitio: à crise, à desigualdade, à injustiça! É nesse campo que o “Projecto Farol” se centra e é nesse pressuposto que se desenrola!
É inevitável dizer que o distanciamento que assumo do “Projecto Farol” é, antes de mais, um distanciamento ideológico. Tem a ver com duas concepções opostas da sociedade, da política, do Estado, da economia. E ao contrário do projecto Farol, que baseado no projecto de sistema que temos, quer criar formas de o aprofundar e do reinventar, aquilo que a realidade e a história me ensinam é que mais que reformar o sistema, precisamos de o superar pensando um novo tipo de sistema realmente potenciador da prosperidade humana.
Esse marco ideológico tão vincado pelo projecto Farol assume-me a priori na sua visão sobre a globalização. A globalização, quer queiramos quer não, surge como resposta às necessidade do mercado de se internacionalizar para poder captar globalmente vantagens e reduzir riscos. É nesse processo que se generalizam as empresas transaccionais, o proteccionismo é abandonado e o comércio passa a ser Mundial, ou Mundializado. Atrás dessa dimensão vieram outras, mas essa é uma outra análise. O que me parece fundamental, é que a globalização económica como a conhecemos em nenhum momento se preocupou com os países de Terceiro Mundo, em nenhum momento pensou formas de cooperação solidárias entre os países, em nenhum momento elegeu o desenvolvimento humano global como a primeira meta, em nenhum momento foi capaz de responder aos grandes problemas estruturais do Mundo. A Globalização capitalista, apenas serviu para afundar o fosso que o Mundo vive.
É por isso que assumo um absoluto distanciamento do projecto Farol. O projecto Farol acredita neste modelo individualista e desresponsabilizado de globalização económica, acha que o caminho é este e que o devemos incrementar ainda mais. É por isso que quer um “Novo Contrato Social para a Globalização”, que embora escondendo (habilmente) o seu conceito, percebe-se o conteúdo central desse contrato: menos Estado, mais desresponsabilidade social das empresas, mais competitividade e mais livre arbítrio sem contrapartidas. Mas além do incremento desse novo contrato, o projecto Farol quer que ele seja educado “OBRIGATORIAMENTE”, embora não esclarecendo concretamente o que significa “educação obrigatória para a globalização”.
Uma resposta à hegemonia dos interesses financeiros e económicos nas escolas e na sociedade civil, exige um repensar do que queremos para globalização, o que é que a globalização deve ser para nós. Mas porque não é esse o objectivo central desta análise, basta esclarecer que rejeitar o individualismo e a competitividade desumana como os valores hegemónicos na sociedade, passa por rejeitar as propostas do projecto Foral para incorporar os valores do mercado na sociedade civil.
A juventude já não aguenta mais pressão mercantilista e “mercantilizadora”. O ensino além de estar a fazer o seu caminho para se transformar num negócio, está a privilegiar a aprendizagem da “produção/consumo”, e a formar não pensadores críticos capazes de pensar-novo, mas simplesmente “máquinas” de produção/consumo que o mercado vai absorver como trabalhadores (eternamente) temporários, sem direitos, obedientes, a quem o futuro vai ser hipotecado.
O pensamento concreto que impõe a rejeição dos valores de mercado na sociedade e no ensino, é a melhor arma que temos para responder aos malabarismos ideológicos que o sistema capitalista cria, e que no fundo, projectos como o Projecto Farol apenas servem para legitimar
É inevitável dizer que o distanciamento que assumo do “Projecto Farol” é, antes de mais, um distanciamento ideológico. Tem a ver com duas concepções opostas da sociedade, da política, do Estado, da economia. E ao contrário do projecto Farol, que baseado no projecto de sistema que temos, quer criar formas de o aprofundar e do reinventar, aquilo que a realidade e a história me ensinam é que mais que reformar o sistema, precisamos de o superar pensando um novo tipo de sistema realmente potenciador da prosperidade humana.
Esse marco ideológico tão vincado pelo projecto Farol assume-me a priori na sua visão sobre a globalização. A globalização, quer queiramos quer não, surge como resposta às necessidade do mercado de se internacionalizar para poder captar globalmente vantagens e reduzir riscos. É nesse processo que se generalizam as empresas transaccionais, o proteccionismo é abandonado e o comércio passa a ser Mundial, ou Mundializado. Atrás dessa dimensão vieram outras, mas essa é uma outra análise. O que me parece fundamental, é que a globalização económica como a conhecemos em nenhum momento se preocupou com os países de Terceiro Mundo, em nenhum momento pensou formas de cooperação solidárias entre os países, em nenhum momento elegeu o desenvolvimento humano global como a primeira meta, em nenhum momento foi capaz de responder aos grandes problemas estruturais do Mundo. A Globalização capitalista, apenas serviu para afundar o fosso que o Mundo vive.
É por isso que assumo um absoluto distanciamento do projecto Farol. O projecto Farol acredita neste modelo individualista e desresponsabilizado de globalização económica, acha que o caminho é este e que o devemos incrementar ainda mais. É por isso que quer um “Novo Contrato Social para a Globalização”, que embora escondendo (habilmente) o seu conceito, percebe-se o conteúdo central desse contrato: menos Estado, mais desresponsabilidade social das empresas, mais competitividade e mais livre arbítrio sem contrapartidas. Mas além do incremento desse novo contrato, o projecto Farol quer que ele seja educado “OBRIGATORIAMENTE”, embora não esclarecendo concretamente o que significa “educação obrigatória para a globalização”.
Uma resposta à hegemonia dos interesses financeiros e económicos nas escolas e na sociedade civil, exige um repensar do que queremos para globalização, o que é que a globalização deve ser para nós. Mas porque não é esse o objectivo central desta análise, basta esclarecer que rejeitar o individualismo e a competitividade desumana como os valores hegemónicos na sociedade, passa por rejeitar as propostas do projecto Foral para incorporar os valores do mercado na sociedade civil.
A juventude já não aguenta mais pressão mercantilista e “mercantilizadora”. O ensino além de estar a fazer o seu caminho para se transformar num negócio, está a privilegiar a aprendizagem da “produção/consumo”, e a formar não pensadores críticos capazes de pensar-novo, mas simplesmente “máquinas” de produção/consumo que o mercado vai absorver como trabalhadores (eternamente) temporários, sem direitos, obedientes, a quem o futuro vai ser hipotecado.
O pensamento concreto que impõe a rejeição dos valores de mercado na sociedade e no ensino, é a melhor arma que temos para responder aos malabarismos ideológicos que o sistema capitalista cria, e que no fundo, projectos como o Projecto Farol apenas servem para legitimar
terça-feira, 13 de julho de 2010
Educação em movimento no Fórum Social
Em Istambul, o Fórum Social Europeu quis, e conseguiu, ir à discussão e à disputa de um espaço político sobre educação.
a assembleia de educação do Fórum Social Europeu decidiu que iria apoiar o dia 29 de Setembro como um grande dia de luta europeia sobre o ensino Esse espaço foi não só ganho à custa de uma intensa teorização e problematização das questões concretas do ensino e das ofensivas neoliberais ao espaço escolar (sob as suas diversas vertentes), como conseguiu também perspectivar formas concretas de luta europeia que respondam à urgência desse combate.
Foram dezenas as delegações de países que marcaram presença nos seminários e workshops sobre educação, que culminaram numa grande assembleia de conclusões e perspectivas de luta sobre o ensino. Professores, estudantes de várias organizações europeias e investigadores da área, pensaram, discutiram e encontraram consensos e proposas concretas. De toda a Europa, organizações, sindicatos e movimentos contestaram directa e frontalmente as repercussões directas da crise do capitalismo no sistema educativo. Exigiram, claramente, uma mudança à esquerda porque a verdade é que a grande conclusão da assembleia sobre educação foi a de que o capitalismo não responde, como nunca respondeu, à crise da educação, e não só não responde como ainda a agrava. Foi portanto claro para os movimento sociais europeus que a crise educativa é inerente à crise do sistema neoliberal, e que a necessidade de mudança de paradigma é uma absoluta realidade.
Entre as várias ofensivas ao sistema educativo, o FSE tentou discutir aquelas que mais força conseguem ter nas escolas e nas universidades, para que um dia europeu de luta pelo ensino seja um verdadeiro sucesso. Entre elas o FSE destaca a privatização do espaço escolar, a incrementação dos "valores de mercado" no sistema avaliativo dos estudantes e os ataques quer ao financiamento das instituições, quer dos direitos de estudantes e professores. Por outro lado, sublinhou-se a urgência da rejeição do ensino como um negócio, a democracia no ensino, o resgate do espaço escolar.
Partindo dessa convergência, a assembleia de educação do Fórum Social Europeu decidiu que iria apoiar o dia 29 de Setembro como um grande dia de luta europeia sobre o ensino. Que o iria fazer, mobilizando organizações, sindicatos e estudantes numa convergência absoluta (provavelmente sem precedentes) em torno de um dos maiores ataques dos últimos anos ao ensino.
Mas o Fórum não só apelou à mobilização para o dia 29 como afirmou que quer criar um movimento de luta consequente. Esse movimento passará quer por um Fórum de Educação Europeu, a realizar em Espanha, como pretende criar espaços de discussão e luta regular na Europa pré e pós 29 de Setembro, pré e pós Fórum de Educação Europeu.
Também aqui o FSE prova que é possível unidade, consequência e muito movimento na luta contra o sistema neoliberal que usa e abusa do sistema educativo e que condena plenamente às orientações do mercado. No Fórum Social Europeu a educação esteve realmente em movimento!
terça-feira, 29 de junho de 2010
O apuramento da inteligência que o partido de Merkel quer fazer na Alemanha traz-me negras recordações do tempo do nazismo em que o apuramento racial era condição de sobrevivência. O método é o mesmo. Desrespeitar as pessoas, impondo-lhe um teste à sua condição – antes física, agora intelectual -, como condição de permanência no país. Só que agora em vez de o bode expiatório serem judeus (e outros grupos), são os imigrantes. O princípio é o mesmo: ódio encapotado às minorias! É um verdadeiro atraso civilizacional e um desrespeito pelos direitos humanos… E afinal de contas, todas as ditaduras sugiram assim.
Não podemos ter memória curta…
domingo, 27 de junho de 2010
Em que Mundo vive Passos Coelho?
Primeiramente publicado em adeuslenine.blogspot.com
Algumas pessoas devem pensar que eu tenho um preconceito ideológico muito forte contra Passos Coelho que leva a escrever quase sempre para ao blogue sobre ele. É verdade, tenho e com imenso orgulho de o ter. Passos Coelho, além de ser um liberal demagogo, o político do marketing e da imagem que a única coisa que tem para oferecer é uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma, está-se também a formar como o político que, a seguir a Socrates, mais atrasos civilizacionais pode vir a impor ao país.
A primeira coisa que teve para oferecer ao debate das ideias num tempo de crise financeira, económica, social, de tanta e tanta miséria foi a revisão constitucional. A seguir sucederam-se-lhe algumas pseudo reformas que nem se quer soube concretizar teoricamente (outras que são um perfeito absurdo como a regra de 5 por 1 na função pública). Seguidamente alia-se ao Governo Sócrates e impõe o PEC 1, o PEC 2 e o PEC 3. Posteriormente quis mexer na legislação laboram e penalizar milhares de trabalhadores precários, condenando-os a mais instabilidade e à perda de ainda mais direitos. E agora joga mais um trunfo:
Quer acabar com a garantia constitucional de que a Educação e a Saúde sejam tendencialmente gratuitas e suportadas pelo Estado.
Podemos discordar do papel estratégico do Estado em todas as áreas, agora no garante de condições de Saúde de um sistema de educação público que responda às pessoas pode-se por em causa o papel do Estado?
Isto não só roça a irresponsabilidade como é uma atitude de absoluto desrespeito porque quem neste país não tem condições para encher os bolsos dos donos de hospitais privados e de colégios.
Em que Mundo é que este homem vive?????
A primeira coisa que teve para oferecer ao debate das ideias num tempo de crise financeira, económica, social, de tanta e tanta miséria foi a revisão constitucional. A seguir sucederam-se-lhe algumas pseudo reformas que nem se quer soube concretizar teoricamente (outras que são um perfeito absurdo como a regra de 5 por 1 na função pública). Seguidamente alia-se ao Governo Sócrates e impõe o PEC 1, o PEC 2 e o PEC 3. Posteriormente quis mexer na legislação laboram e penalizar milhares de trabalhadores precários, condenando-os a mais instabilidade e à perda de ainda mais direitos. E agora joga mais um trunfo:
Quer acabar com a garantia constitucional de que a Educação e a Saúde sejam tendencialmente gratuitas e suportadas pelo Estado.
Podemos discordar do papel estratégico do Estado em todas as áreas, agora no garante de condições de Saúde de um sistema de educação público que responda às pessoas pode-se por em causa o papel do Estado?
Isto não só roça a irresponsabilidade como é uma atitude de absoluto desrespeito porque quem neste país não tem condições para encher os bolsos dos donos de hospitais privados e de colégios.
Em que Mundo é que este homem vive?????
terça-feira, 22 de junho de 2010
O último filme a fazer-me chorar...
"Do realizador de Jogos de Poder, o Atentado e Perigo Imediato, chega-nos Catch a Fire: Guerra de Culturas, uma viagem ao mundo da sabotagem, corrupçao e crime, na era Apartheid da África do Sul. O vencedor* de um Oscar® Tim Robbins (Mystic River e Os Condenados de Shawshank) e Derek Luke (Antwone Fisher e Caminho para a Glória) protagonizam este fascinante thriller baseado numa história real. No contexto de um pais em chamas e duas culturas em guerra Catch a Fire: Guerra de Culturas é a história tocante de um homem que sozinho luta por si próprio, a sua família e o seu povo."
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